segunda-feira, 30 de agosto de 2010

dance, dance e dance




Sim, definitivamente era para mim que ela estava olhando. Ela tinha cabelos vermelhos e os olhos verde esmeralda, seus olhos brilhavam com certa malícia inocente, sua pele branca contrastava com o vestido verde musgo que deixava-lhe metade das pernas de fora e tinha um decote canoa comportado dando a ela a aparência de uma princesinha. Minha pele clara começou a corar quando ela me sorriu, eu podia sentir minhas bochechas queimarem então eu desviei o olhar.

Sophia era uma das garotas mais cobiçadas do ensino médio. O tipo de garota que se vira muito bem sozinha, sai com garotos por amizade e não por interesses amorosos, não andava distribuindo sorrisos, mas tinha um sorriso que se estendia por todo o corpo e fazia com que todos sorrissem com ela. Enquanto eu, sou só o Henrique, o Henry ou o Harry, não costumo chamar a atenção, mas a Queen S estava olhando para mim durante a nossa festa de formatura, meus cabelos pretos ou meus olhos cor de mel pareciam ter chamado a atenção da Queen ou talvez fosse aquele terno idiota e quente que estava me fazendo sentir como a Cinderela chamando a atenção das pessoas naquele lugar.

Sophia estava agora conversando com Matt, um velho amigo dela, e os dois estavam olhando para mim. Então ela se afastou dele e veio caminhando lentamente até mim.

- Oi Harry! - ela falou lindamente o meu apelido com aquela voz melodiosa.
- Olá Sophia. - eu respondi constrangido.
- Nossa Harry, Sophia não, parece a minha mãe. - ela reclamou e eu me perguntei se Queen S seria um bom apelido. - Me chama de Soph. - Devo confessar que Sophia pedir para que eu a chamasse por um apelido era apaixonante,
- Tudo bem, Soph! - ela sorriu com todo o corpo e eu me peguei sorrindo para ela.
- Sabe dançar Harry?! - ela perguntou quando a musica ficou mais lenta.
- Mais ou menos... - eu respondi envergonhado.
- Tudo bem! - exclamou ela pegando minha mão e me levando para a pista. - Acho que você deveria me abraçar agora. - Ela comentou quando eu fiquei estático na frente dela debaixo do globo de espelhos.
- Ah! Claro. - respondi mais uma vez constrangido enlaçando-a firmemente pela cintura. Ela colocou os braços ao redor do meu pescoço e repousou a cabeça em meu ombro com o rosto delicado escondido em meu pescoço. Sua respiração suave fazia os pêlos da minha nuca se arrepiarem, as formas do corpo dela junto ao meu fazia despertar em mim sensações estranhas e agradáveis. - Não vi você dançando com ninguém ainda, Soph.
- Estou te dando a minha primeira dança e roubando a sua. - ela sussurrou.
- Estou com medo de pisar no seu pé. - comentei distraído.
- É só você dançar devagar... Pra onde vai quando sair daqui?
- Oxford, e você? - Deus, porque essa menina está me perguntando essas coisas?
- Também, vou fazer moda lá e você vai estudar o que?!
- Simbologia.
- A sua cara. - ela comentou com uma risadinha.
- Porque?! - perguntei confuso.
- Diferente, misterioso e autêntico.
- Nossa! Obrigado, moda também não poderia dizer mais sobre você.
- Você acha? - ela perguntou me olhando com aquelas esmeraldas e eu desviei os olhos.
- Sim, criativa, seletiva, moderna e contemporânea.
- Harry... - ela sussurrou com a bochecha encostada a minha.
- Sim Soph?
- Eu acho que eu vou beijar você... - meu coração bateu tão forte que eu sabia que ela havia sentido. Minha mão saiu da cintura dela e foi parar na nuca involuntariamente e nossas testas se encostaram, nossos olhos semicerrados, ela passou seu nariz no meu delicadamente e sorriu, suas mãos no meu cabelo, então eu toquei-lhe o queixo e com o polegar acariciei a maçã do rosto dela, beijando-a enquanto acabava a nossa primeira dança.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Pra poder se sentir viva




As vezes se mete em confusão pra ter certeza de que está viva, pra ver até onde aguenta, se esforça, sorri, cai, chora, se machuca, se apaixona, se ilude, se desilude. Tudo de uma vez, pra poder se sentir viva. Toma bronca, estuda, corre atrás do que quer, se atraza, se emociona, se veste com máscaras de inábalavel, sabe do que gosta, e do que não. Tudo de uma vez, pra poder se sentir viva. Briga com os amigos, chora pelos amigos, adoece, compra brigas, faz amizades, fortalece as antigas, corre na rua, anda de salto, ouve musicas de amor sem estar apaixonada. Tudo de uma vez, pra poder se sentir viva. Sai sem maquiagem, gosta de cores fortes; usa brilho, gloss, blush, rímel e lápis; bagunça o cabelo, desfaz um sorriso. Tudo de uma vez, pra poder se sentir viva. Fala que sim, jura que não, masca chiclete, enche balão, come todos os doces, enfeita-se com flores, aprende que pode mas não deve, é o que é e não como gostaria de ser, vive. Tudo de uma vez, pra poder se sentir viva...

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Se




E se... ? É essa duvida vai te corroer pelo resto da tua vida. Como poderia ter sido e não foi, o que poderia ter acontecido e não aconteceu. Todas essas suposições são capazes de enlouquecer você.

Já imaginou se você não tivesse desistido dele?! Será que vocês teriam um bom relacionamento? Seriam cumplices um do outro? Sentiriam um pelo o outro o mesmo e na mesma intensidade? Ele se deixaria apaixonar? Você o levaria a sério e confiaria cegamente ou continuaria com o pé atrás com relação a tudo?

Se
não tivesse terminado o namoro?! Como poderia ter sido? O que poderia ter acontecido? Será que agora você ainda sentiria algo por ele? Ou tudo já teria morrido numa briga futil? Você o amaria sem medidas e deixaria tudo para trás por ele? Será que a distância deixaria o sentimento continuar vivendo?

São duvidas tolas mas que as vezes nos tiram o sono, nos fazem pensar em como tudo está e em como tudo estaria. Sim você sabe que conquistou muitas coisas e que não as teria conquistado se não tivesse sacrificado as coisas que sacrificou, mas você poderia ter conseguido outras coisas e talvez fossem tão boas quanto as que você conquistou.

O tempo passou e você ainda não assimilou completamente tudo o que aconteceu, de bom ou de ruim. Pare um pouco, reflita e se recomponha, junte tudo, os prós e os contras, tome uma decisão definitiva e então recomece. Sem "se"s dessa vez. ;)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Hey, Stephen!




A luz forte do sol não parecia combinar com o clima frio que fazia. Mesmo ali na cozinha com a tia ela podia sentir o clima surreal do ambiente fortemente iluminado. Por fim ela se cansou de observar a própria tia na cozinha e saiu pelo longo corredor em direção a pesada porta de madeira que dava para a praia. Em um dos muitos comôdos em que o corredor dava acesso ela reconheceu dois rostos familiares, não amigos, apenas conhecidos, ambas de cabelos claros porém uma tinha os cabelos mais claros e mais compridos, enquanto a outra mantinha os cabelos levemente dourados na altura dos ombros, a loura de cabelos claros namorava Stephen, elas nem se deram conta da presença da morena e esta seguiu também sem realmente notar as duas.

Se dentro da casa estava claro, ali na varanda o sol parecia mais baixo de tão iluminado. Ela viu todos aqueles meninos sentados no chão jogando baralho, enquanto os dois mais novos ali brincavam separados, Melina então se pôs a correr atrás do mais alto dos dois, a brincadeira rendeu na travessia irresponsavel dele da rua quando o pai aparecia na soleira da porta, ao ver o pai do garoto na porta Mel se colocou novamente a correr atrás dele.
- Culpa minha! - gritou dando uma rapida explicação nada explicada ao pai do menino. O menino correu na direção dela e pulou em seu colo sorrindo. Enquanto Diogo perguntava a Stephen o que estava acontecendo.
- A Mel tá brincando com o Guinho ué! - foi tudo que o moreno de olhos azuis se deu ao trabalho de responder. Melina deixou o pequeno aos pés do pai e se dirigiu aos meninos que jogavam, a vontade dela era de sentar na beira da praia, mas sujar seu short escuro desnecessáriamente estava fora de questão.
- Hey! - ela cumprimentou. - Algum de vocês poderia me emprestar uma camisa pra que eu possa sentar na areia? - ela fez a melhor cara angelical que pôde e Stephen a olhou nos olhos sorrindo enquanto tirava a camisa branca que usava revelando o peito bronzeado e definido entregando a ela.
- Anh.. Valeu. - foi tudo o que ela conseguiu dizer sem perder a linha de raciocínio. Mel sentou sobre a camisa delicadamente esticada na areia, ela não saberia dizer desde quando ficava assim quando estava perto de Stephen nem sabia se ele tinha conciência do poder sobrenatural que ele exercia sobre ela, mas a namorada de Stephen estava ali na casa de praia também, e não seria Melina quem interferiria no namoro dos dois. Ela observava as ondas do mar indo e vindo, sempre indo e voltando, num vai e vem interminavel e incansavel que lhe parecia sua própria vida, ela estava sempre indo e vindo de vários lugares, sua vida tinha raizes profundas e irremoviveis de dois lugares onde ela passara as maiores partes de seus dezesseis anos.

Ela sentiu algo quente se colocando ao seu lado e nao precisou nem olhar para saber que era Steph, o corpo quente dele ao lado do dela fez com que percebesse quão frio estava e um leve arrepio percorreu seu corpo. A respiração regular dele desregulou a dela, e ele passou o braço torneado sobre o ombro dela com o intuito de aquecê-la. Ficaram ali em silêncio olhando o mar, parcialmente abraçados até que uma voz que Melina sabia que não deveria ter soado naquele momento, soou atrás deles fazendo ambos olharem.
-Stephen Jonas! - a loura namorada dele gritou da porta da varanda, estranhamente Mel não sentiu o frio na barriga e o coração acelerar que a situação desconfortavel deveria causar.
- Que?! - ele perguntou ainda sentado ao lado dela, a loura acenou para que ele fosse até ela com uma expressão de poucos amigos e ele foi em meio a resmungos e sacudidelas na bermuda para que a areia caisse.

Mel não precisou olhar para saber que discutiam, nem ouvir o que diziam para saber que era ela o pivô daquela situação, mas algo não lhe deixava se sentir estranha. Algum tempo depois Steph sentou ao lado dela.
- Pronto. - foi tudo o que ele disse ao se acomodar completamente ao lado dela com o braço novamente sobre o ombro dela. Melina nada disse apenas olhou-o om uma expressão confusa com relação a expressão "Pronto" dele.
- Acabou, Mel, chega, nada mais impede... - ele nao precisou dizer nada mais, Melina entendeu perfeitamente do que ele falava, olhou-o com ternura e aninhou-se confortavelmente no abraço quente dele.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Sonhos




O que são eles? Invadem nossa mente quando estamos desprotegidos e nos jogam num mundo de fantasias. Quem os controla?! Será que podemos decidir com o que sonhar? Será que nosso estado de espírito interfere nele?!

Sim, a maioria das coisas que sonhamos, sonhamos por vontade nossa. Nos deitamos com o pensamento em alguém e "por acaso" ela aparece nos nossos sonhos, estamos tão agitados que dormir parece como correr uma maratona, oh, espere, você está correndo numa maratona em sonho.
Nosso subconciente projeta imagens daquilo que no nosso interior desejamos nos sonhos, e nos pesadelos ele apresenta nossos temores mais profundos. Tudo ao nosso redor influencia os nossos sonhos.
Mas temos, claro, nossas exceções, como quando você nem se lembra de alguém e simplesmente sonha com ela, será que ele quer nos mostrar o que nos faz bem? O que mais desejamos e queremos por perto?
Acredito que temos um poder mental muito maior do que podemos supor, que nossos pensamentos influenciam não só nos nossos sonhos mas também na nossa vida em geral.
"Quem acredita sempre alcança"?! SIM!