sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pro cara mais fofo que eu já conheci

É, eu cortei o cabelo pra parar de lembrar de você, e dele e de mim, do que eu não sou. De quem você adoraria que eu fosse, mas não sou. É isso, esse é o problema, eu bem que tento ser aquela pessoa que vocês gostariam que eu fosse, mas eu não sou. Sinceramente, não sou nem quem eu gostaria de ser. 
Bem que sei que na maioria do tempo deixo você confuso, mas sou assim e não posso me impedir de ser direta, ansiosa e sufocante quando fico confusa. No fundo eu bem que queria te pedir desculpas, recomeçar, deixar você correr atrás pra sempre e te esnobar só pra não ter que perder você de vista. 
A parte ruim é que eu só fiz tudo isso porque eu gostei mesmo de você. Não te amei, eu só gostei, gostei do jeito que você era timido e como eu não soube lidar com você, me senti tão menina pra alguém que parecia tão experiente e culto. Não imaginei um namoro, nem nada disso, mas queria ter conhecido você mais, ter te conhecido melhor e ter deixado você me conhecer também, mas você me deixou tão confusa e ansiosa que eu sufoquei nós dois, queria ter visto até onde ia, o que a gente descobria, se é que a gente descobriria alguma coisa.
Você foi tão fofo o tempo todo e isso me assustou, definitivamente não estou acostumada com caras assim, me deu apelido logo no primeiro dia de conversa ou no segundo, tanto faz. De repente eu nem me importava mais com o tanto que fosse parecer idiota, mas eu simplesmente adorava conversar com você, sobre nada, é porque a gente no fim das conta não falava de nada em especial, mas falava e falava e falava por horas. Contudo, como sou apressada demais falei demais e fodi com tudo, é sempre faço alguma coisa assim mesmo.
Pelo amor de Deus, se a gente conseguir superar isso faça o favor de me manter atualizada do que está acontecendo porque quando me vendam os olhos costumo agir por um impulso que eu não faço idéia de onde venha, ele só vem e eu impulsiva como sou vou lá e faço merda. Você já viu isso, né? 
Me desculpe por parecer algo que não sou, é você reparou que eu não sou fofa né? Mas juro que não é de propósito, não quero parecer fofa nem nada assim, mas no fim eu pareço tanto que evito ser o que pareço com medo de ser. Reparou que eu sou impaciente, mal humorada, desbocada e que muito provavelmente tenho pouquissima educação. É, eu sou um pouco egoísta e espaçosa também, mas sou até controladinha se você deixar eu mostrar isso a você. Sem contar nos acessos de timidez em que eu não olho pra outro lugar se não o chão, você poderia ter visto tudo isso, mas eu estraguei tudo antes de você voltar de viajem. 
No fim das contas, eu só queria que você tivesse o mesmo arrombo de coragem que te levou a me procurar e respondesse o que eu te falei. Fosse tão corajoso pra me dizer o que está acontecendo como foi pra me dizer que eu era gatinha, ou pra me mandar mensagem, dizendo que podia me dar um "oi". Oi! Mas você não vai fazer, e apartir de agora eu não vou esperar mais, sinto muito pelo tanto que eu te enxi a paciência nessa Semana Santa e obrigada por me chamar todos aqueles lindos dias pra conversar, mesmo que tenha me deixado no minimo uns dois minutos esperando resposta, mas quando eu ver você de novo, seja educado e me direcione ao menos um aceno de cabeça, já vai bastar e se não quiser começar tudo isso de novo, não comece a conversar comigo, você já sabe que sou do tipo que fantasia demais, mas se você decidir colocar um fim nisso de um jeito delícia(porque essa palavra nunca mais será a mesma), que vá ser divertido pra todo mundo, pode ir lá, senta do meu lado, dá aquele sorriso lindo seu e me deixa bagunçar o seu cabelo lindo.



Com carinho, U. 

xoxo

terça-feira, 26 de abril de 2011

O amigo segurou-a pela ponta dos dedos e deixou que ela rodopiasse, a vontade, no corredor da faculdade, a musica vinha do celular dela e ela continuava girando na ponta dos pés.
- Vai ficar tonta. - o amigo avisou.
- É o unico jeito, já que não tem alcool né? - ela respondeu quando ele a soltou e ela deu mais um giro perfeito sozinha. Curvou levemente o tronco, uniu os pés e fez uma pequena mesura. O amigo riu. 
- Eu preciso dançar Louis, tem tanto tempo que eu não danço que isso está me desesperando.
- Porque você não começa a ler pra passar o tempo? 
- Porque dançar me tira as preocupações e eu sinto falta de rodar até cansar e ficar pedindo pro Hector parar, porque eu já estava cansada. - ela comentou em resposta. - Agora isso parece que aconteceu a tanto tempo. - ela disse tristemente.
- O problema é que você está com a cabeça em outro lugar. - Louis disse. - Outro prédio pra ser mais exato.
- Não começa. - ela resmungou.
- Vamos lá, você sabe que eu estou certo, você sente falta de conversar com ele que eu sei. 
- Não vai ser mais a mesma coisa Louis, por mais que eu tente. Ele nem tentou falar comigo mais depois, então, no fim, não faz diferença pra ele também.
- Eu volto a dizer que ele é timido e que pode ser que faça diferença pra ele. 
- Por favor né? - ela resmungou.
- Você desiste muito fácil. 
- Não desisto não, mas também não gosto de lutar uma batalha perdida, que não vai me trazer nada de bom. 
- Mary
- Eu disse que fazia diferença. - Louis disse e saiu.
- Oi Harry. - ela disse completamente desconcertada.
- Eu te vi com o Louis e vim te dar um oi. - ela olhou pra ele com cara de quem não estava entendendo e arqueou uma sombrancelha - Oi.
- Você é tão idiota, Harry. - ela disse antes de puxá-lo para um beijo.

sábado, 23 de abril de 2011

"Logo eu, toda cheia de palavras, idéias, ideais, filosofias, fiquei calada porque não sabia o que dizer. É como ver o mar e ele levar tudo o que estava na sua mente embora, e você fica ali, parada, em branco."

quinta-feira, 21 de abril de 2011

uma delícia de abraço

* Pra linda da Rayanne Mairink que me pediu pra fazer um post sobre O Abraço, não ficou dos melhores, mas tá aqui, espero ter conseguido expressar o que O Abraço significou. xoxo

 
Passava das onze da noite e Liz, Jessy e Anne haviam acabado de chegar, a portaria da boate já estava lotada. Jessy e Anne foram as primeiras a saltar do taxi enquanto Liz pagava. Olhou pela janela e viu ele, em pé, numa roda de amigos, como era de se esperar, lindo como todas as vezes que ela o tinha visto. Por uma fração de segundos Liz podia jurar que os olhos dela e os dele tinham se cruzado e dois segundos depois ela pensou que a idéia era completamente absurda, o vidro daquela janela era escuro demais pra isso. 
Liz abriu a porta do taxi e como sempre, colocou um pouco de força demais pra fechar a porta e Bryson olhou pra trás, sorriu pra ela e acenou com a mão, os olhos dela já estavam brilhando o suficiente, ele não precisaria fazer mais nada, não precisaria conversar com ela durante a noite, que se dane tudo, ele já havia sorrido e acenado com a mão, mas Bryson não se sentiu satisfeito, pediu licença aos amigos e foi até ela, abraçou-a.
Como ela nunca havia percebido aquilo, claro que da outra vez que se abraçaram ela estava reparando em outros pontos interessantes do toque dele, mas o abraço dele fez com que ela se sentisse em casa, ela se sentiu aconchegada, bem vinda, acalentada, protegida, cuidada, querida, tudo isso nos dois segundos em que ele a prendeu entre os braços, quem a escutasse descrever aquele abraço depois, poderia jurar que ela estava apaixonada, mas não era o caso, o coração dela não estava ali, era só o abraço mais gostoso que ela já recebera, de todos os colos, ela sabia que ela iria querer chorar naquele, com aquele abraço delícia. Depois de soltá-la Bryson ainda abraçou Jessy e Anne, conversaram por alguns poucos minutos e lá se foi ele, pros braços da garota dele, que fosse feliz, que fossem todos felizes, Deus sabia o que aquele abraço havia feito com ela.
No fim da noite, foram juntas para casa e dentro do taxi Liz começou: 
- Deuuuuuuuuuuuuus do céu! Que abraço foi aquele? 
- Nem me fala - respondeu Jessy - Eu tô até agora presa no abraço dele, sério. 
- Que abraço gostoso cara! - devaneou Anne.
- O abraço mais DE-LÍ-CI-A do mundo! - explicou Liz o que as meninas pensavam.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

oh oh oh oh my brother ..

Foi a muito tempo atrás, tipo uns dezesseis anos, eu nem me lembro direito, mas você chegou e tudo o que eu conhecia mudou. Não era mais só eu e o Serginho, agora tinha o "reizinho" da casa e tudo era pra ele. Tão gordo que parecia que não ia conseguir andar nunca, ia rolar pra sempre.
Eu tinha um amiguinho novo, que me batia, puxava meu cabelo, arrancava a cabeça das minhas bonecas e ainda dava um jeito de se livrar da bronca da minha mãe que sempre ria e dizia: É coisa de criança. 
Nós crescemos assim, por perto, mas brigando muito o tempo inteiro, mas quem melhor do que ele pra me acudir nos momentos de desespero? Com quem mais eu iria ficar estressada quando estou de TPM? Quem vai entrar no meu quarto no domingo a tarde e deitar na minha cama e ficar me empurrando pro lado porque quer dormir? 
Só esse preto mesmo, que me pede dinheiro, me consola e depois grita: Deixa essa idiota chorar, mãe! Ela tá chorando porque quer! IDIOTA!
Quando todo mundo já foi embora e as lágrimas continuam, é nele que eu me apoio, no sorriso, nas piadinhas, nas implicancias dele. Quem ia dormir no meu quarto só porque meu ex namorado terminou comigo e eu estou triste, mesmo tendo que estudar e trabalhar no dia seguinte?
Quem fica com dó de mim mesmo sabendo que é tudo manha e charminho? É Bêb, vai ser sempre o Bêb da casa, porque não tem pra onde correr mais não.
Tá virando homenzinho agora, trabalhando e tudo o mais. Fez a coisa mais linda que eu já vi você fazendo, logo você que zoa todo mundo, não deixou os meninos zoarem o menino na escola, meu menininho tá crescendo! *-*
Depois te de ver com cabelo de menininha, com o rosto queimado, o osso do tornozelo aparecendo, a partezinha do lado da bunda toda esfolada porque caiu de bicicleta, é dificil pensar em você como homenzinho, mas é isso aí, você tá crescendo e eu tô ficando orgulhosa de quem você tá se tornando. 
Depois de você ter me feito rachar a testa na mesa de centro, jogado uma pedra na minha testa e de todos os socos e chutes que a gente já trocou, sério, parece que a cada dia eu te amo e te adimiro mais, meu Bêb!

Porque por mais que eu e o Serginho impliquemos com você, sempre vai ser eu e você que vamos implicar com o Serginho, e eu sempre vou achar que minha mãe ama mais vocês dois, só porque o Serginho é o exemplo da gente e porque você é o bebêzinho dela até hoje. 

"Amor de irmão tá valendo mais..."

domingo, 10 de abril de 2011

Tell me why


Há uns dois minutos eu estava aqui vendo o blog de uma menina que faz faculdade na mesma instituição que eu, no prédio ao lado do meu, mas que apesar disso eu insisto em acreditar que seja completamente diferente de mim.
E claro que: estudar na mesma instituição e num prédio próximo, não querem dizer absolutamente nada, mas por incrivel que pareça e por mais que eu não queira, ela tem muito de mim.
Consiguia me enxergar em cada frase dos textos dela, como se eu mesma tivesse vivido e tivesse escrito aquilo, mas eu quero tanto que ela seja diferente de mim, que eu nao consigo nem ao menos suportar a idéia de que nós duas temos algo em comum, além da faculdade e de um eventual "amigo" em comum.
O que as vezes muitas meninas esquecem é exatamente isso, a gente está tão ocupada separando pessoas de pessoas que esquecemos que na maior parte do tempo, a pessoa que nós julgamos odiar, tem muito em comum com a gente, sofre por motivos parecidos, se não pelos mesmos.
Como aquela ex-rolo-peguete do seu ex namorado, droga, vocês duas gostam do mesmo cara, tem um gosto por roupas até que parecidos, um gosto por musicas quase idêntico, PORQUE DIABOS É QUE VOCÊS DUAS SE ODEIAM? Simples! Porque você não quer enxergar isso, você precisa odiá-la pra que se sinta menos vulnerável, como você pode lutar por algo que você sabe que tem alguém que quer e merece tanto quanto você?
A menina de quem eu estava lendo o blog é simplesmente LINDA, droga, muito bonita mesmo, do tipo que já desperta o ódio só de respirar, então você reune suas amigas e abre o Orkut dela, vocês estão vendo as fotos e os elogios são constantes, as roupas, o cabelo, a maquiagem, as viajens, todas adoraríamos passar por isso, mas já que nem todas passamos, vamos odiar a menina linda por isso? No meu caso não mais.
Me lembro que a vi a cerca de duas ou três semanas atrás pessoalmente, e droga, ela é linda mesmo, até pessoalmente sem photoshop, isso aí, vamos chorar girls? O que me incomodou nela foi o modo como me olhou, de cima pra baixo, com aquela sensação de superioridade, aquele olhar de quem se sabe importante e que não quer mais ninguém por perto. Então, depois eu pensei: Não é por isso que meio mundo me odeia também? Porque eu tenho medo que um louco insandecido qualquer invada meu grupo de amigos e me roubem todos eles e me deixem sozinha e que é por isso que afasto as pessoas com uma cara fechada, uma "pose de metida" e pagando de chata.
A Jéssica e eu estavamos conversando sobre a menina-bonita-do-prédio-ao-lado-do-meu e chegamos a conclusão de que, se nós um dia sentassemos para conversar, sairiamos de lá no minimo amigas, a personalidade se parece demais e até mesmo se atrai, as reclamações são quase as mesmas, as vontades também.
Mas no fim, eu ainda vou ficar com a pergunta na cabeça: Porque mulher tem mania de se odiar mesmo sem se conhecer e homem tem mania de "ajudar" um ao outro, mesmo sem se conhecer?

sábado, 9 de abril de 2011

Libertad ..


O jeito que as coisas estavam acontecendo pareciam já fugir ao controle dela, todos os fins de semana eram a mesma coisa. As brigas pelos mesmos motivos, ela sabia a falta que já sentia dele, mas dessa vez seria diferente.
Elizabeth havia chorado muito nos dois primeiros dias depois do fim do relacionamento mais duradouro que já tivera, seu coração não o esquecera, mas ela havia colocado na sua cabeça que já era hora de parar de choramingar por ai sobre sua vida ruim e como Deus estava sendo cruel com ela. Ela tinha sua parcela de culpa, assim como o ex namorado tinha também e Deus, não tinha absolutamente nada a ver com isso.
Ela começara a pensar e a comparar, ela comparava a textura dos cabelos, a forma como sorriam e os enigmas que diziam, comparava a maneira como agiam e como haviam sido educados, como pareciam se importar e como eram completamente diferentes ainda que se parecessem.
A diferença mais gritante entre seu passado e seu futuro era a intelectualidade, Liz sempre aceitara certos tipos de coisas que normalmente não aceitaria porque pensava que ninguém era perfeito, mas agora via, que o futuro era, além de todas as qualidades necessárias, inteligente e interessante, do tipo que desperta todas as sensações juntas, sem esforço, desperta a curiosidade, uma certa aura de mistério fica oscilando e brilhando sobre ele, a incerteza e a beleza de um futuro duvidoso.
Ao mesmo tempo em que a sensação de liberdade parecia tomar conta dela, poder ir a um show de algo que ela gostasse, não pra agradar uma terceira pessoa, ouvir suas próprias musicas sem precisar se preocupar se alguém vai ou não gostar, falar de roupas, de sapatos, de comida, de cinema, de arte e de viajens, falar de tudo e não falar de nada, não falar nada e falar tudo. Era disso que ela sentia falta na liberdade, de ser ela mesma e conquistar as pessoas assim, ela se sabia capaz.