sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Maré cheia de bagunça


Sempre fui uma bagunça; musical, emocional, mental, sou visivelmente uma grande bagunça. De uma maneira comum sempre estive meio a margem, um tal de musica desconhecida daqui, um cara que ninguém vê nada especial dali, um texto desorganizado e sem muita sincronia, porque as idéias estavam saindo com mais pressa do que o necessário e eu fiquei com medo de perder elas organizando.
Sou assim e não gosto de amor mais ou menos, não gosto de lago, nunca gostei de "água parada", meu negócio sempre foi a maré cheia, a onda alta, o mar sempre me fascinou, porque ele tá sempre surpreendendo. Sou do tipo que largaria o conforto da realeza pra ir viver o verdadeiro amor com um cara que não tem nada demais, além de muito amor pra dar e uma vida cheia de bagunças, gritaria, coisas sendo quebradas e muita compreensão. Claro que eu faria isso, deixei de ficar com um médico na balada pra ficar com o vida loca simpaticíssimo!
Não quero ninguém me completando, quero uma pessoa que me sobre, me transborde, que me faça ficar de saco cheio de tudo, de mim! Quero brigar e gritar que não quero ver a cara do infeliz nunca mais, e ele dormir do lado de fora da minha casa, só pra quando eu acordar arrependida e ligar, ele já estar perto pra fazermos as pazes. Quero ser esse amor louco na vida de alguém, quero ser inconstante, sincera e eu mesma, quero o cara que me aceite nessa bagunça, não um que tente me arrumar, quero um cara que quando eu soltar um "tô uma bagunça" ele retruque com um "você tá linda".
Deixei de lado uma lagoa na minha vida e to entrando num mar de ressaca, sinceramente, água parada não faz bom marinheiro.