sexta-feira, 19 de agosto de 2011

St Peter

É difícil explicar essa saudade que é gostosa e ao mesmo tempo dói. Dói de um jeitinho gostoso no fundo do peito porque sei que te gosto tanto tanto tanto que a saudade não me deixa esquecer. Não esqueço: de você, do seu sorriso cúmplice nem de como eu me senti tão bem só de ter encontrado você ali. Já tava cansada de te dizer que é a coisa mais fácil do mundo se apaixonar por você e falei tanto que tô aqui agora pra te provar. Pessoalmente você é a pessoa mais apaixonante que eu conheço, desse jeito ai mesmo, tenta tanto não magoar ninguém, é tão sincero e simples com todo mundo, se importa tanto e é tão lindo e carinhoso, que poxa, se a gente não se apaixonasse, burras seriamos nós. A gente tá tão afastado, você tá sempre estudando tanto, eu to sempre correndo tanto, dormindo tanto, me preocupando tanto e agora com tanto medo de você conhecer uma dessas meninas legais que se encaixem perfeitamente na sua "listinha" de exigências em que eu me encaixei tão bem. Na pior das hipóteses a gente nem se esbarre mais, se fale mais e então eu vou esquecer de como somos parecidos, como nos conhecemos e de como você insiste em me lembrar que só gosto de magrelo. Então presta atenção cara, eu gosto de você, magrelo ou não, gosto das brincadeiras, do apelido, do jeito como me trata, eu gosto de você e se você ler isso e souber que é pra você, faz do jeito que a gente sempre fez quando queria saber de alguma coisa: conversa, pergunta, reclama, explica. Porque eu vou estar do seu lado mesmo que você arrume outra menina que cumpra as exigências da sua lista.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Trocando as caixinhas

Era como dançar com o rosto bem perto um do outro, mas sem se mover, apenas em contato, as testas se encostavam e os narizes também os dois sorriam enquanto conversavam abraçados, tão próximos quanto um casal. Conseguia ver a maneira carinhosamente possessiva que ele a segurava pela cintura e a forma doce dela olhá-lo, sem precisar fazer força para impressioná-lo, pareciam se conhecer tanto que qualquer palavra era vazia para expressar o momento.
- Você é linda. -  ele sussurrou no ouvido dela enquanto ela corava. Desde o momento em que a vira ele não olhou mais para nenhuma menina, ela não era a mais bonita dali, nem de longe, tinham tantas meninas mais bonitas, mas ele não tirava os olhos castanhos dela. Júlia se sentia sufocantemente bem abraçada a Pedro, ele a fazia sentir segura como a muito ninguém a fazia sentir, o coração dele batendo e ela tão perto dele escutando. Os pesados cílios dela emoldurando os olhos verdes que decoravam cada detalhe de Pedro, o rosto, o sorriso, a maneira como se movimentava, o desenho suave do rosto, sem se impor muito, estava maravilhada, Pedro tinha tudo o que ela procurava em um cara e ela já o amava de todo o coração a ponto de não querer a ele mal nenhum, mesmo os males que ela mesma poderia causar. Pedro era o seu menino, seu amigo, seu conforto, o porto mais seguro que ela tinha. 
Pedro segurou o rosto dela entre as mãos com delicadeza fazendo-a olhá-lo nos olhos. 
- Não conta pra ninguém. - Sem que ela tivesse tempo de dizer qualquer coisa que fosse ele colou carinhosamente os lábios aos dela. Ele não pediu uma passagem nem ela, ficou ali colando os lábios aos dela repetidas vezes, as testas novamente encostadas, as respirações suavemente misturadas com a proximidade. Os olhos dela salpicados em diversos tons de verde brilhavam e os dele também. O coração dela agora batia um pouco mais depressa e as bochechas estavam afogueadas, o coração dele estava inundado de um carinho absurdo por ela, o carinho que eles já sentiam um pelo outro a muito tempo. Ele fechou os olhos e pressionou os lábios nos dela outra vez.